A empresa

Semeando o melhor da vida

Bem-vindos

Missão

Feche os olhos: você está em um ambiente aconchegante.
 
Aposto que você foi transportado para a natureza – campo, montanha, praia com coqueiros, jardim, rio, cachoeira… É exatamente essa a nossa missão: trazer para o seu dia a dia aquilo que te dá sensação de conforto, relaxamento e paz.

Sobre nós

Confesso: somos biofílicos, e com orgulho!

Biofilia significa amor à natureza (bio = natureze; philia = amor). O termo surgiu nos anos 1980, quando o biólogo Edward O. Wilson descreve a biofilia como uma forma natural de voltarmos nossa atenção às coisas vivas.

O barulho da água, o cheiro de terra molhada, a sombra de uma árvore, pequenas e coloridas flores, diferentes verdes se entrelaçando. Quem não gosta do que é belo, do que é vida.

Desde 2005, quando formamos nossa empresa, estamos construindo mais do que uma lista de clientes, mas um grupo de parceiros que tratam a vida com atenção, carinho e beleza.

Minha experiência de vida até a formação da empresa Ana Delgado Paisagismo foi eternizada num capítulo do livro: Um Jardim em Palavras, da Oficina do Livro Editora.

Recrio aqui esse capítulo que tanto me honrou.

O jardim da minha essência.

Nasci cercada de plantas em meio à mata Atlântica, em um vilarejo chamado Água Santa na cidade de Caratinga, interior de Minas Gerais. Na minha época, a água brotava do solo com abundância, as plantas nasciam e cresciam livres, o adubo era produzido pela própria natureza e os defensivos eram os bichinhos. Tudo acontecia com naturalidade, a vida seguia seu curso de forma fácil e gentil.

Os jardins eram livres, não havia um projeto. No mesmo canteiro plantava-se dálias, rosas, begônias… Ah, as begônias da casa da tia Rita… da janela da cozinha, elas apareciam como quadro, feito por competentes mãos de um artista apaixonado.

As brincadeiras eram soltas e alegres, como tudo que nos cercava. Eu colhia lantanas e montava buquês, soprava a flor do dente de leão, que eram levadas pelo vento como se fosse em direção ao meu destino.

O jatobá da casa da vovó Bárbara era a árvore mais linda e generosa que já tinha visto. Com sua enorme copa, oferecia sombra para as nossas brincadeiras.

Na ponta de uma escadaria ficava o mimado pé de laranja bahia, que vovó cuidava com carinho, a colheita era feita por ela mesma, segurando seus enormes frutos com a mesma doçura com que eles vinham à mesa.

O fruto da mamona colhida no mato virava óleo e era combustível para o lampião que iluminava a casa. Mas ao olhar pela janela tínhamos a visão de uma iluminação completamente diferente, que só mesmo as lindas noites poderiam produzir. Céu estrelado e o caminho iluminado pelos vagalumes, quando não éramos abençoados pela claridade da lua cheia.

E quando a plantação de milho estava pronta para a colheita, eu enxergava em cada espiga, uma boneca. Trançava seus cabelos e me divertia com o meu jardim de brinquedos imaginários.

O olho de boi era gigante na beira do rio… e que semente curiosa! O galho da goiabeira tombava com nosso peso, mas sabíamos que essa era uma árvore confiável. Ela tomba, mas não quebra.

Na volta da escola, sempre tinha uma paradinha na cachoeirinha ou como chamávamos, na bica d’água ou biquinha.

Nas férias, os pés de manga ficavam carregados de fruta, eu ficava toda orgulhosa de receber os primos que iam da cidade e mostrar como colher a melhor manga, qual a mais doce…

Essa foi a minha vida enquanto criança, até o falecimento de meu pai. Mamãe grávida e com mais três filhos pra cuidar, decidiu vir para São Paulo, acreditando nas oportunidades da cidade grande. Nossa recepção foi feita por uma manhã gelada, típica de maio, com uma névoa que nos impedia de ver o horizonte. Tínhamos como bagagem apenas uma mala, a quem chamávamos de Catarina.

Mamãe tornou-se nossa goiabeira. Confiável e sempre pronta para nos receber em seu colo. Eu crescia, estudava e trabalhava sem um projeto claro de futuro, vencer o dia a dia era minha preocupação, até trabalhar laboratório químico de uma metalúrgica.

A química é muito mais do que uma energia de transformação. Ela é a ciência de combinar elementos e os fazer reagir, buscando estabilidade entre eles. São misturas mágicas, como a vida, como a mata Atlântica, como a minha infância. Foi com essa percepção que me apaixonei pela química e retornei ao meu ponto de origem – a jardinagem passou a ser a minha profissão.

Trilhei o caminho de forma instintiva, plantando vasos, estudando muito sobre as plantas e flores. Achava graça quando alguém dizer que São Paulo é cinza, porque sempre vi tantas flores nessa selva desarrumada, mas… sim, colorida.

Até hoje tenho profunda admiração pelos jardins dos fundos, aquele que não tem o compromisso de ser o mais bonito. Mas não deixo de me encantar pela nobreza dos jardins que recepcionam nas entradas dos mais diferentes lares.

Há mais de 15 anos, tenho a minha empresa de paisagismo. Pode existir algo mais prazeroso do que ter minha própria empresa? São colaboradores fixos e mais um tanto que contrato quando tenho necessidade. 

Somos responsáveis por jardins de condomínios, bancos, empresas e casas, além de desafios que nos surgem diariamente.

Minhas mãos sujas de terra fazem de mim a mulher que nasci para ser, com flores, frutas e plantas sendo parte do meu DNA. Sorrio perdida em meus pensamentos quando vejo borboletas brincando num jardim que acabei de montar, ou uma criança desenvolvendo sua curiosidade, colocando a mão no vaso que acabei de arrumar.

E quando chega o final de semana, para descansar, vou mexer na terra do meu sítio, onde faço tremendas estripulias por lá. Testo uma planta perto de outro, levo umas para salvar…

De volta a empresa, é comum preparar um café da manhã para minha equipe, um momento para discutirmos os problemas de cada jardim dos nossos clientes. Encontramos soluções, salvamos cada plantinha.

Aprendemos juntos, todos os dias, porque a natureza é uma excelente professora e nos repete incansavelmente: tudo é química, é a mistura dos nutrientes, porque a vida é linda e sempre vale a pena esperar.